SCFV

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A primeira infância corresponde ao período que vai desde a concepção do bebê, sua gestação, até os seis anos de idade da criança. É nessa etapa da vida que os alicerces das competências e habilidades emocionais e cognitivas futuras do adulto são estabelecidos. E isso acontece especialmente entre o nascimento até três anos de idade, quando áreas fundamentais do cérebro são desenvolvidas – áreas associadas às emoções, aos contatos interpessoais, aos padrões de funcionamento, ao caráter, à personalidade e à aprendizagem. É nesse período que a criança aprende com mais intensidade a aprender, a fazer, a se relacionar e a ser, além de desenvolver importantes valores a partir de suas relações na família, na escola e na comunidade.

 

Os efeitos da qualidade dos primeiros cuidados interferem diretamente nos processos perceptivos e no desenvolvimento integral, garantindo, por exemplo, as habilidades de leitura e de compreensão. Propostas e programas voltados para a promoção do desenvolvimento integral das crianças têm impacto na saúde, na qualidade de vida e nas perspectivas futuras delas, tanto na dimensão do indivíduo quanto do coletivo, resultando em processos sociais associados à cultura da paz e de formas não violentas de resolução de conflitos.

A ideia de que a primeira infância é um período decisivo na formação da personalidade, do caráter e do modo de agir do adolescente e do adulto encontra sustentação em dados recolhidos nos últimos 100 anos de pesquisas científicas. Achados recentes da Neurociência oferecem ainda evidências de que acontecimentos precoces de natureza física, emocional, social e cultural permanecem inscritos nas pessoas por toda vida.

 

Todos nós construímos um mapa da realidade a partir das experiências vividas na infância. Assim, é possível, e muito mais eficiente, lançar os valores e fundamentos éticos da cidadania e da cultura de paz nessa primeira fase da vida, uma vez que a criança é dotada de capacidade absorvente, isto é, ela é aquela que tudo recebe, julga com imaturidade, pouco recusa ou reage. Absorve e estrutura a personalidade do futuro adulto. É a criança que constrói seu conteúdo mental a partir do alimento social e assim acumula experiências que serão utilizadas para a construção de sua vida. É preciso, portanto, oferecer à criança atenção, bons modelos de identificação, ambiente familiar saudável e estável e constância de vínculos dentro de estruturas sociais confiáveis, que estimulem seu desenvolvimento e o aprendizado de valores relacionados à cultura de paz.

 

No dia 14 de dezembro de 2010 foi aprovado o projeto de Lei 7672/2010, que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados livres de castigos corporais ou tratamentos humilhantes. Todo conhecimento científico atual mostra que a violência contra a criança pode gerar problemas emocionais, sociais, psicológicos e cognitivos capazes de influenciar em sua saúde ao longo da vida.

 

Investir no cuidado e na educação da criança, garantindo seu pleno desenvolvimento na primeira infância, é base de todas as demais competências para uma vida digna como um futuro cidadão, consciente de seus direitos e deveres e a melhor e mais eficaz forma de fomentar a saúde social.

 

O serviço possui um caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades dos usuários, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais.

 

 

Objetivos:

 

  • Complementar as ações de proteção e desenvolvimento das crianças e o fortalecimento dos vínculos familiares e sociais;
  • Assegurar espaços de convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade;
  • Fortalecer a interação entre crianças do mesmo ciclo etário;
  • Valorizar a cultura de famílias e comunidades locais, pelo resgate de seus brinquedos e brincadeiras e a promoção de vivências lúdicas;
  • Desenvolver estratégias para estimular e potencializar recursos de crianças com deficiência e o papel das famílias e comunidade no p
    rocesso de proteção social;
  • Criar espaços de reflexão sobre o papel das famílias na proteção das crianças e no processo de desenvolvimento infantil.

 

Atividades:

  • Acolhida de apresentação;
  • Contação de histórias;
  • Brincadeiras orientadas;
  • Teatro e fantoches;
  • Massinhas e desenhos;
  • Oficinas de pintura;
  • Visitas a equipamentos de cultura, lazer e cívicos.