Desenvolvidos em 2006, o Projeto “Anjos da Guarda”, consistia em voluntários, capacitados, que iam às ruas de Piracicaba levando um pouco de atenção, afeto, compreensão e escuta à meninos e meninas que estavam em situação de rua, em situação de extremo risco com o objetivo de levá-los de volta ao lar.
Lembro-me até hoje deste menino que estava chorando ao lado do Teatro Municipal.
Carregava consigo uma caixa que havia pegado de sua casa antes de fugir para a rua. Dentro dela, havia aquele que estava sendo o seu único companheiro naquela noite, seu gatinho de estimação.
Este garotinho de apenas sete anos de idade estava ali, destinado a passar sua primeira noite na rua após ter sido espancado por sua mãe.
Foi ai que nós, os “Anjos da Guarda”, conversando com o menino, conseguimos levá-lo para casa, e estabelecer a partir daquele noite atendimento à família dele pela equipe técnica do CRAMI.
Considero que o trabalho dos “Anjos da Guarda” nesta noite, como em muitas outras, contribuiu para salvar uma vida da triste realidade da marginalização e do desamparo das ruas”. (Depoimento da Psicóloga e Coordenadora Maria Hilma de Oliveira Ganzella – integrante do projeto Anjos da Guarda na época).